Faça sua pesquisa:

4 complicações e fatores de risco gestacional

+

É de conhecimento geral que a gestação é um fenômeno fisiológico, o que faz com que sua evolução ocorra, na maioria das vezes, sem nenhuma interrupção. Contudo, existem fatores de risco gestacional, que podem favorecer uma má evolução — além de prejudicar a saúde tanto da mãe quanto a do bebê.

Quando uma mulher é portadora de alguma doença, sofreu algum tipo de agravo ou desenvolveu algum tipo de problema, a gravidez pode apresentar complicações, tornando-se de risco. Não estamos falando de sintomas comuns como enjoos e vômitos, azia e inchaços, afinal, esses desconfortos tratam-se de uma fase de adaptação do organismo às mudanças hormonais, que ocorrem durante a gravidez.

Quando falamos sobre possíveis complicações, nos referimos a problemas mais sérios durante a gestação, que podem comprometer a vida da mãe e do bebê, como:

  • descolamento da placenta;
  • placenta baixa,
  • placenta prévia total,
  • hipertensão;
  • diabetes gestacional;
  • eclâmpsia e pré-eclâmpsia;
  • aborto espontâneo;
  • outros.

É muito importante entender um pouco sobre esses fatores de risco gestacional, para saber quando buscar ajuda profissional e lidar com o problema.

Principais causas dos fatores de risco gestacional

É muito comum ocorrer, durante a gravidez, algumas alterações neste período — afinal, o corpo das mulheres passam por grandes transformações em um curto espaço de tempo. Contudo, algumas dessas alterações podem ser prejudiciais e é aí que a atenção dos pacientes precisa estar.

Por isso, vamos entender sobre 4 complicações e fatores de risco gestacional.

Hipertensão

Conhecida por ser uma doença que ataca os vasos sanguíneos, a hipertensão ou pressão alta é capaz de complicar toda uma gestação. As doenças hipertensivas são responsáveis por comprometer de 5% a 8% de todas as gestações, podendo levar tanto a mãe quanto o bebê a óbito.

hipertensão é uma doença capaz de aumentar o risco da restrição do crescimento fetal, assim como da pré-eclâmpsia e eclâmpsia, outro fator de risco gestacional. Portanto, mulheres hipertensas devem ser aconselhadas sobre a gestação de risco, para que quando ocorra a gravidez, o pré-natal se inicie imediatamente.

É fundamental monitorar tanto a mãe quanto o crescimento do bebê, onde a ultrassonografia deve ser realizada com 28 semanas e a cada 4 semanas.

Deslocamento de placenta

Outro fator de risco gestacional é o deslocamento de placenta, caracterizado pela separação prematura da superfície do órgão com o útero da mãe. É uma condição grave, que ocorre geralmente por volta da 20ª semana de gestação.

Essa condição é considerada uma emergência obstétrica, uma vez que aumenta o risco de morbidade ou mortalidade — tanto para a mulher, como para o feto ou recém-nascido. Os principais sintomas a serem observados são o sangramento vaginal, a dor e também a hipertonia uterina (aumento na frequência das contrações).

Na maioria dos casos, quando o diagnóstico é confirmado, o mais recomendado é realizar uma cesariana imediata, principalmente quando parto vaginal é contraindicado. E mesmo após o nascimento, são necessários cuidados, pois uma hemorragia pós-parto pode acontecer.

Pré-eclâmpsia e eclâmpsia

Conhecida como um tipo de hipertensão, a pré-eclâmpsia e eclâmpsia podem ocorrer após a 20ª semana de gestação. Se caracteriza pelo desenvolvimento gradual de hipertensão, como também da proteinúria (excesso de proteína encontrada na urina) e da função hepática.

Segundo o Ministério da Saúde, é uma condição que deve ser considerada grave na presença de alguns critérios importantes, sendo eles:

  • pressão arterial diastólica igual/maior que 110 mmHg;
  • proteinúria igual/maior que 2,0g em 24 horas ou 2+ em fita urinária;
  • sinais de encefalopatia hipertensiva, definidos por cefaleias e distúrbios visuais;
  • evidência clínica e/ou laboratorial de coagulopatia;
  • outros.

Tenha em mente também que, a eclâmpsia se determina pela presença de convulsões tônico-clônicas generalizadas ou coma em mulheres que apresentem quadros hipertensivos. Esse problema pode ocorrer não só durante a gravidez, mas também no parto e no puerpério imediato.

Portanto, o tratamento definitivo para essa condição é o parto. Contudo, dependendo dos fatores de risco gestacional, a interrupção da gravidez pode ser necessária.

Gravidez ectópica

gravidez ectópica ocorre quando o óvulo se instala fora do ambiente uterino, ou seja, quando a gestação se desenvolve no local errado. Essa condição é pouco comum, no entanto, ela é extremamente perigosa para a gestante.

Durante uma gravidez normal, o óvulo é fertilizado na trompa de Falópio (tuba uterina), implantando-se no útero. Enquanto na gravidez ectópica, o óvulo não se implanta no útero. Ele pode se infiltrar na parede do útero ou em qualquer área fora da cavidade uterina, fazendo com que o óvulo não se desenvolva corretamente.

É importante frisar que essa condição é bastante prejudicial, também trazendo riscos para a saúde da mãe — onde aproximadamente 9% das mortes estão associadas à gravidez ectópica. Por esse motivo, a única forma de tratamento, quando diagnosticada, é a interrupção da gravidez.

A importância do acompanhamento obstétrico

Independente dos fatores de risco gestacional citados, o acompanhamento obstétrico é fundamental para que a gravidez ocorra corretamente, permitindo um desenvolvimento saudável do bebê. Além de reduzir os riscos e complicações para a gestante.

No geral, são recomendadas, pelo menos, seis consultas de pré-natal — sendo que, a primeira no primeiro trimestre da gestação, duas no segundo e mais três durante o terceiro trimestre. É nesse período de acompanhamento que a paciente deve receber o cartão de gestante, o calendário de vacinas e os exames de rotina.

Esses exames devem ser realizados sempre que o/a obstetra solicitar, assim como as principais orientações e recomendações sobre a saúde. O ideal é procurar por um profissional de confiança, para que a paciente se sinta segura durante todas as etapas do pré-natal.

Se você está buscando uma clínica para realizar o seu pré-natal e, consequentemente, o acompanhamento obstétrico, te convidamos para conhecer a Clinifemina!  Entre em contato com a nossa equipe de atendimento e conheça nosso espaço e especialistas. Nós estamos prontos para atender você e sua família.

Publicado em: 01/02/2023 | Atualizado em: 03/02/2023 | Por:
Desde 1999, a Clinifemina conta com diversas especialidades para cuidar integralmente da saúde dos seus pacientes.
Share

Posts relacionados

+