A rotina de consultas médicas e exames preventivos é fundamental para manter a saúde e a qualidade de vida. Por meio desse hábito, é possível perceber sinais precoces de doenças e iniciar o tratamento adequado. Entre os exames ginecológicos, a biópsia do colo do útero é um dos que pode causar receio.
Pensando nisso, elaboramos um artigo que explica detalhadamente em que situações ela é indicada, quais os tipos de biópsia e como ela é feita. Com essas informações, você poderá ficar mais tranquila caso seu ginecologista solicite este exame, já sabendo do que se trata. Siga com a gente!
Quando a biópsia de colo do útero é indicada?
A biópsia do colo do útero é um exame de diagnóstico. Isso que dizer que é usado para identificar possíveis alterações no tecido que reveste o colo do útero, que possam sinalizar o crescimento anormal do endométrio, alguma infecção na região e, até mesmo, confirmar a suspeita de câncer.
Em geral, ela é solicitada quando o ginecologista percebe alterações nos exames ginecológicos, principalmente no Papanicolau ou preventivo do colo uterino. No entanto, também pode ser indicada quando a mulher tem queixa de alterações anormais do sistema reprodutor (como sangramento excessivo fora do período menstrual ou após as relações sexuais ou dor pélvica).
É bom ter em mente que, apesar de ser um procedimento relativamente simples, a biópsia do colo do útero pode ser considerado um exame invasivo, já que consiste na retirada de amostras de tecido da região para análise.
Quais são os tipos de biópsia do colo do útero?
Existem basicamente três tipos de biópsia de colo de útero, empregados de acordo com a região que precisa ser avaliada e as alterações que se pretende investigar. Assim, podemos descrevê-los da seguinte forma:
Biópsia com colposcópio
O primeiro passo é o exame chamado colposcopia, que avalia o colo do útero com um colposcópio para detectar as áreas anormais. Depois disso, com o auxílio de uma pinça de biópsia, o ginecologista remove uma pequena porção da área anormal na superfície do colo do útero.
Curetagem endocervical (raspagem)
Em algumas situações, a área suspeita, sobretudo em casos de risco de infecção pelo HPV e pré-câncer, não pode ser visualizada com o colposcópio. Quando é assim, é preciso realizar a curetagem endocervical. O procedimento consiste na inserção de uma cureta no canal do colo do útero para uma leve raspagem de tecido da região. O material removido na curetagem é enviado para análise.
Biópsia em cone
Nesse procedimento, que também é conhecido como conização, o médico remove uma amostra de tecido do colo do útero. Essa amostra tem forma de cone – daí o nome do exame. Esse tipo biópsia também pode ser utilizada como tratamento para remover completamente lesões pré-cancerígenas e alguns cânceres iniciais — e pode ser realizada de duas formas:
- cirurgia de alta frequência – realizada com eletrobisturi de alta frequência e anestesia local, é feita em consultório e tem o objetivo de retirar a área lesionada com dano mínimo ao órgão;
- biópsia em cone a frio – este método utiliza um bisturi cirúrgico ou um laser para remover o tecido.
Como a biópsia do colo do útero é realizada?
Dependendo do tipo de biópsia a ser realizada, os instrumentos utilizados podem variar. No entanto, de forma geral, podemos descrever um passo a passo que o ginecologista deve seguir para a realização do procedimento:
- A mulher é colocada em posição ginecológica;
- O ginecologista insere um pequeno aparelho lubrificado na vagina, chamado de espéculo, útil para manter o canal vaginal mais livre;
- É feita uma lavagem do colo do útero, com posterior aplicação de anestesia local;
- O ginecologista insere outro aparelho na vagina — que pode ser o colposcópio, a cureta ou o bisturi, de acordo com o tipo da biópsia — para retirar um pequeno pedaço de tecido do útero;
- O material coletado durante o exame é enviado para o laboratório para que seja analisado e identificadas quaisquer possíveis alterações no colo do útero.
Quais os cuidados pré e pós biópsia do colo do útero?
A biópsia do colo uterino é, geralmente, realizada em consultório, por se tratar de um procedimento simples, rápido, com mínimo desconforto ou dor. A preparação para o exame consiste, de modo geral, em cuidados para manter a superfície do colo do útero em condições normais. Assim, recomenda-se não ter relações sexuais dois dias antes do exame, não usar medicamentos, ducha íntima ou cremes na vagina e aparar os pelos da vulva com tesoura (não depilar, nem raspar com lâmina).
Logo depois do exame, é comum sentir cólicas leves, dor e apresentar algum sangramento. Para a correta cicatrização do colo uterino é fundamental evitar relações sexuais por 7 a 10 dias. Além disso, o médico pode prescrever algum outro cuidado específico, que deve ser seguido à risca para evitar infecções ou outros problemas.
O que a biópsia do colo do útero pode diagnosticar?
A intenção da biópsia do colo do útero, como dissemos no início, é obter um diagnóstico de alterações no colo uterino, geralmente provocadas pelo HPV, e que no futuro possa levar a câncer de colo uterino. Assim, o exame pode detectar ocorrências como:
- Cervicite crônica e metaplasia escamosa imatura;
- Pólipo endocervical;
- Lesão intraepitelial de baixo grau – associado a infecção pelo HPV;
- Lesão intraepitelial de alto grau – precursora do câncer de colo do útero.
Todos os resultados, sejam eles positivos ou negativos, podem representar doenças e condições que vão requerer atenção diferenciada de caso para caso. Por isso, é fundamental que sejam interpretados por um especialista.
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