Elas podem se manifestar com cansaço, ganho de peso e fraqueza. Ou causar irritabilidade, palpitações e insônia, entre outros sintomas. Estamos falando sobre as doenças tireoidianas, que merecem atenção e cuidado. Se você está se perguntando: “como saber se tenho problema na tireoide?”, este artigo vai esclarecer suas dúvidas.
A partir de agora, vamos falar sobre essa glândula e sua importância, mostrando de que forma os problemas da tireoide podem ser identificados e qual a melhor conduta para um tratamento eficaz. Acompanhe conosco.
O que é, exatamente, a tireoide e qual a função dela?
A tireoide é uma glândula, em forma de borboleta, localizada na parte da frente do pescoço, imediatamente abaixo do pomo de Adão, o popular “gogó”. Apesar de pequena — a tireoide saudável tem, em média 15 cm³ e pesa 25 gramas — ela é de extrema importância para o bom funcionamento do organismo.
Isso porque ela produz os hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), que regulam a função de órgãos vitais como o coração, o cérebro, o fígado e os rins. Além disso, essa glândula atua diretamente no desenvolvimento das crianças e adolescentes.
Nos adultos, ela está diretamente ligada à fertilidade e regulação dos ciclos menstruais e na manutenção do peso. E tem mais, quando a tireoide não funciona bem, ela pode comprometer a memória, a capacidade de concentração, a qualidade do sono e o controle emocional.
Por tudo isso, é crucial estar atento à saúde dessa glândula e procurar um endocrinologista sempre que houver suspeita de um problema na tireoide.
Quais os principais problemas na tireoide?
Quando a tireoide não funciona corretamente, a liberação de hormônios é prejudicada. Assim, o corpo pode receber quantidade insuficiente ou excesso dessas substâncias. Nos dois casos, o volume da glândula aumenta, o que é conhecido como bócio. Os principais problemas na tireoide são:
Hipotireoidismo
O hipotireoidismo é caracterizado pela baixa atividade da tireoide. Essa queda no desempenho da glândula tem como consequência a produção inadequada dos hormônios tireoidianos e na redução das funções vitais do corpo, como frequência cardíaca, ritmo da queima calórica, manutenção da pele, o crescimento, a produção de calor, a fertilidade e a digestão, com significativo ganho de peso.
Hipertireodismo
O hipertireoidismo é marcado pela hiperatividade da tireoide que resulta em níveis elevados de hormônios tireoidianos e aceleração das funções vitais do corpo. Neste caso, a frequência cardíaca e a pressão arterial podem aumentar e a pessoa costuma suar excessivamente, sentir-se nervoso e ansioso, com dificuldade para dormir. Também é comum perder peso sem estar tentando.
Tireoidites
São vários os tipos de inflamação da glândula tireoide. A mais conhecida delas é a chamada Tireoidite de Hashimoto — uma doença autoimune com presença de autoanticorpos que destroem o tecido tireoidiano.
Além dela, há a tireoidite aguda, a pós-parto, a silenciosa e a fibrótica. Algumas são crônicas e outras transitórias e apenas com exames adequados é possível detectar cada uma delas.
Quais os sinais de que há um problema na tireoide?
Como sempre falamos por aqui, a atenção aos sinais do seu corpo é um passo fundamental para a detecção de doenças. Neste caso específico, para saber se tem um problema de tireoide, você precisa se lembrar que as manifestações do hiper e do hipotireodismo são diversas. Em resumo, é possível observar:
Hipertireodismo
- palpitações e arritmias;
- calor excessivo e sudorese acentuada;
- tremores nas mãos;
- nervosismo e ansiedade;
- insônia;
- perda de peso, com aumento do apetite;
- fadiga e fraqueza;
- evacuações frequentes, ocasionalmente com diarreia e
- alterações na menstruação.
Hipotireodismo
- depressão;
- desaceleração dos batimentos cardíacos;
- intestino preso;
- menstruação irregular;
- diminuição da memória;
- cansaço e sonolência excessivos;
- dores musculares;
- queda de cabelo e unhas quebradiças;
- ganho de peso e
- aumento do colesterol.
Autoexame
Eficaz para detectar alterações na tireoide. Para essa prática, você vai precisar de um copo de água e um espelho e seguir os seguintes passos:
- Segure o espelho e procure no pescoço a região logo abaixo do pomo de Adão;
- Incline o pescoço para trás, para que a região fique mais exposta;
- Beba um pouco de água;
- O ato de engolir fará com que a tireoide suba e desça. Observe se existe algum caroço ou saliência.
- Se observar alguma alteração, procure um endocrinologista.
Como é o diagnóstico e o tratamento de problema na tireoide?
Os exames que detectam problemas na tireoide podem ser físicos, laboratoriais ou com diagnóstico por imagem. O mais comum deles, considerado pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) como o exame inicial para diagnosticar doenças tireoidianas, é a dosagem hormonal (T3, T4 e TSH), por meio da coleta de sangue.
A aferição do TSH (hormônio tireoestimulante), assim como a do T4, são utilizadas para identificar o hipo e o hipertireoidismo. Já a dosagem do T3 total ou livre serve para o diagnóstico do hipertireoidismo.
Outros resultados, como o anti-TPO, anti-Tg e anti-receptores de TSH, são auxiliares no diagnóstico de doenças autoimunes, como Tireoidite de Hashimoto, por exemplo.
Além destes, há alguns outros exames que podem ser solicitados em situações específicas e podem ajudar na detecção de um problema na tireoide. Portanto, caso perceba sinais de alterações como os que citamos há pouco, é preciso consultar-se com um endocrinologista, que vai avaliar seu histórico e determinar os exames necessários para chegar a um diagnóstico preciso.
O tratamento depende do tipo de problema na tireoide que cada pessoa apresenta, podendo ser desde a suplementação hormonal ou nutricional, até um procedimento cirúrgico.
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