A espera por um bebê, geralmente, vem cercada de emoções que se misturam. Da felicidade pela nova vida e a ansiedade para ver o rostinho do pequeno até a apreensão com a sua saúde, o ultrassom obstétrico é uma ferramenta que ajuda a aproximar a família do novo integrante e, ainda, monitorar o seu desenvolvimento.
Mais que conferir os estágios da gestação, o exame tem funções específicas dentro da rotina pré-natal, com o objetivo de promover a dupla saúde: da mãe e do bebê. É o que mostramos a partir de agora, neste artigo que traz detalhes sobre os tipos de ultrassom que você deve fazer durante a gravidez.
Quando deve ser feito o ultrassom obstétrico?
Muitas gestantes gostariam de ter um aparelho de ultrassom em casa, para poder ver, todos os dias, como está o bebê. Como isso não é possível, as novas mamães ficam sempre à espera da próxima consulta.
No entanto, o ultrassom obstétrico não precisa ser realizado em todas as visitas ao obstetra. A recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde) é que sejam feitos pelo menos 3 ultrassonografias ao longo da gestação:
- no início da gestação (preferencialmente até a 14ª semana) – para determinar a idade gestacional, detectar possível gravidez múltipla, garantir o diagnóstico de eventuais malformações neurais e promover uma melhor experiência para a mãe;
- entre as 20ª e 24ª semana – para avaliar a anatomia e os sistemas do bebê, também monitora e descarta malformações físicas e acompanha o crescimento fetal;
- entre a 28ª e 34ª semana – além de monitorar o desenvolvimento, também é avaliado o fluxo sanguíneo, as condições da placenta e, portanto, a troca de oxigênio e nutrientes entre mãe e bebê.
Quais os tipos de ultrassom obstétrico?
Acima, falamos sobre alguns acompanhamentos e diagnósticos que a rotina de ultrassom torna possível durante a gravidez. Assim, já é possível supor que nem todos os exames são iguais, não é mesmo?
De fato, existem vários tipos de ultrassom obstétrico, cada um com suas finalidades e particularidades. Ainda que a maioria deles seja realizada da mesma forma e não exija preparação específica, vale conhecer cada um destes exames:
Confirmação da gravidez e idade gestacional
Realizado no primeiro trimestre da gestação, geralmente esse ultrassom é o transvaginal. Ele é usado para confirmar a gravidez, avaliar a evolução e formação das estruturas, como o tamanho do saco gestacional.
Neste exame também é aferido o comprimento cabeça-nádega, a presença de batimento cardíaco, da vesícula vitelina e de um embrião visível dentro do útero. Ele ainda auxilia na estimativa da idade gestacional.
Este ponto é importante sobretudo quando a mulher não tem um ciclo menstrual regulado. Nestes casos, o ultrassom obstétrico confirma o tempo de gestação e calcula a data provável do parto, a partir das medidas do feto, circunferência cefálica e comprimento do fêmur.
Leia também: Como calcular a data da concepção?
Translucência nucal
O ultrassom que avalia a translucência nucal também é chamado, eventualmente, de ultrassom morfológico do primeiro trimestre. Este exame deve ser realizado entre a 11ª e 14ª semana de gestação e permite identificar a quantidade de líquido presente na nuca do feto.
Trata-se de uma avaliação importante pois, permite detectar a possibilidade de anomalias cromossômicas como a que dá origem à Síndrome de Down. Também detecta outras malformações fetais, como ausência de osso nasal, ou síndromes genéticas que costumam causar maior quantidade de líquido nesta região, fazendo a nuca parecer mais larga.
Vale reforçar que estamos falando de um exame de rastreio e não de diagnóstico definitivo. A partir dos resultados deste ultrassom obstétrico, o médico avalia a necessidade de outros exames para calcular o risco de doenças cromossomiais.
Ultrassom morfológico
Ainda que todos os exames sejam importantes, o ultrassom morfológico fetal é o mais crucial da gravidez. Em geral, ele é realizado entre 18ª e a 24ª semana de gestação, pela via abdominal. Por ele, é possível confirmar o sexo do bebê, verificar o coração e a formação do cérebro, órgãos digestivos, membros, face e outros sistemas.
Também serve para medir a cabeça, o fêmur e a circunferência abdominal para saber se o crescimento está dentro do esperado, e identificar a presença de malformações.
O ultrassom morfológico é o mais demorado e detalhado da gravidez. Nele, o obstetra avalia, individualmente, diversas estruturas. Em alguns casos, quem conduz esse exame é um especialista em radiologia e diagnóstico por imagens e não o obstetra.
No ultrassom morfológico é possível determinar a localização da placenta, para saber se ela pode estar obstruindo a saída do útero. |
Ultrassom obstétrico com Dopller
Essa tecnologia de ultrassom emite imagens coloridas permitindo verificar os fluxos sanguíneos. O exame avalia a artéria umbilical e outras artérias fetais para averiguar o bem-estar fetal no terceiro trimestre de gravidez.
Além disso, é muito utilizado em gestações de alto risco para identificar um eventual comprometimento fetal e, assim, agir preventivamente contra a mortalidade perinatal. O ultrassom obstétrico com Dopller pode ser útil para identificar e/ou prever complicações, como a pré-eclâmpsia em gestações aparentemente saudáveis.
Qual a importância do ultrassom obstétrico?
Como você pode conferir, cada exame tem a sua importância para o monitoramento da saúde do bebê e do bem-estar materno. O ultrassom obstétrico é uma ferramenta útil para dar direções e ajudar a definir condutas em casos específicos, mas também uma forma de aumentar o vínculo entre a família e o novo integrante. Isso porque as imagens, cada vez mais nítidas, são capazes de “materializar” a presença do bebê na rotina familiar.
Por isso, quando for escolher um local para realizar as suas ultrassonografias — e todo o acompanhamento pré-natal, é importante contar com uma estrutura de ponta, com profissionais qualificados e prontos para um atendimento integrado e humanizado. Agende um horário aqui na Clinifemina para conhecer nossos obstetras em Florianópolis. Estamos à sua espera.