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Endometriose: tudo o que você precisa saber sobre a doença!

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Desde jovem, toda mulher costuma ouvir que as cólicas menstruais e outros desconfortos deste período são naturais. No entanto, não é bem assim! A realidade é que o incômodo excessivo e as cólicas intensas podem ser um sinal de endometriose, uma doença que traz consequências à saúde — entre elas, a infertilidade —, se não tratada corretamente. 

A boa notícia é que esta doença é de caráter benigno e tem tratamento. Neste artigo, você vai saber mais sobre essa doença, os fatores de risco e como procurar o tratamento mais adequado. Siga conosco para conhecer algumas orientações sobre os sinais de alerta e a escolha do médico ideal.

O que é endometriose?

endometriose é uma doença ginecológica crônica e benigna. Ela tem causas multifatoriais e acomete principalmente mulheres em idade reprodutiva. De maneira geral, ela pode ser definida pela presença de endométrio fora do útero, predominante, mas não exclusivamente, na região pélvica.

💡 O endométrio é a camada que reveste internamente a cavidade uterina. Este tecido é renovado mensalmente por meio da descamação durante o fluxo menstrual.

Essas formações ocorrem quando, ao invés de ser eliminado pela menstruação, este tecido volta pelas trompas e se deposita na cavidade pélvica. De acordo com a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, a estimativa é de que, no Brasil, entre 5% e 10% das mulheres em idade fértil sofram com o surgimento e o desenvolvimento da endometriose.

Quais os fatores de risco?

A origem da endometriose tem sido estudada por pesquisadores em todo o mundo. Atualmente, há algumas correntes teóricas que defendem causas distintas, mas todas apontam para a multicausalidade. Isso quer dizer que a doença pode ser causada pela associação de fatores genéticos, anormalidades imunológicas e disfunção endometrial.

As causas mais aceitas até o momento são:

  1. Menstruação retrógrada. Quando isso ocorre, a menstruação não é eliminada corretamente e pode seguir em direção aos outros órgãos pélvicos. É dessa forma que os fragmentos do endométrio que deveriam ser eliminados permanecem nos outros órgãos, dando origem à doença e seus sintomas.
  2. Metaplasia celômica. Essa teoria propõe que células indiferenciadas do peritônio pélvico podem ter a capacidade de se diferenciar, dando origem ao tecido endometrial.
  3. Transplante direto. Neste caso, a endometriose se desenvolveria em cicatriz de cesariana e outras cicatrizes cirúrgicas. Assim, a disseminação de células ou tecido endometriais através de vasos sanguíneos e linfáticos seria a explicação para sua presença fora da cavidade pélvica.
  4. Fatores ambientais. A presença de poluentes e metais pesados no dia a dia e na alimentação poderia alterar o sistema imune. Com isso, o organismo acaba por não reconhecer o tecido do endométrio.

Como identificar os principais sintomas?

Existem casos de endometriose assintomática. Algumas mulheres sentem um leve desconforto e outras, têm dor intensa, que pode chegar a ser incapacitante. A dor pélvica aguda, a dismenorreia (dor uterina no período menstrual) e o desconforto durante as relações sexuais são os principais sintomas da endometriose. 

No entanto, dependendo do local onde o tecido endometrial está alojado, estes sinais podem se diferenciar. Os mais recorrentes, de acordo com a posição da doença, são:

  • Intestino grosso: é comum sentir dor durante a evacuação, distensão abdominal, diarreia, constipação ou sangramento retal durante a menstruação.
  • Bexiga: neste caso, há presença de dor pélvica, especialmente ao urinar. Além disso, podem ocorrer o aumento no volume de urina e na frequência urinária.
  • Ovários: em endometriose instalada nos ovários, a formação de cistos podem causar fortes dores abdominais e desconforto no peritônio.

Qual médico procurar e quais exames precisam ser realizados?

especialista mais indicado para o diagnóstico e tratamento da endometriose é o ginecologista. Assim, se você tem algum sintoma que possa ser um alerta para a presença desta patologia, precisa marcar uma consulta para obter o atendimento adequado.

O diagnóstico preciso pode ser feito com o apoio de exames de imagem, videolaparoscopia, exame vaginal, sigmoidoscopia ou cistoscopia. Isso porque os sintomas da endometriose podem ser confundidos com outras enfermidades do trato genitourinário, por exemplo. Por este motivo, a realização de exames laboratoriais também é importante para descartar outras patologias.

Como tratar a endometriose? 

endometriose é uma doença crônica, que pode voltar a se desenvolver ao longo dos anos. O tratamento inicial passa pela administração de analgésicos, para aliviar as dores causadas pela doença, e medicamentos à base de hormônios, como alguns anticoncepcionais.

A evolução do tratamento e as medidas adotadas variam de acordo com a paciente, o grau da formação e o local onde os tecidos estão instalados. Em alguns casos, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica, que vai desde a extração do tecido endometrial até a histerectomia total, onde são removidos o útero e, em algumas situações, as trompas e ovários. 

Assim como em todas as outras doenças, o diagnóstico precoce e o acompanhamento médico especializado são a chave para manter a qualidade de vida e ter um tratamento de sucesso. Desta forma, nossa recomendação é para que você não normalize as cólicas menstruais e não espere até que os sintomas se agravem para buscar ajuda.

Se quiser saber mais sobre este assunto ou marcar uma consulta com um ginecologista altamente qualificado, entre em contato com a nossa equipe de atendimento. É sempre um prazer auxiliar com as suas dúvidas.

Publicado em: 03/04/2021 | Atualizado em: 10/02/2023 | Por:
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