O fluxo menstrual intenso pode ser um verdadeiro pesadelo para muitas mulheres, no entanto, nem sempre esse fluxo pode ser considerado normal. Em muitos casos, o fluxo intenso pode ser um alerta, ou seja, um sinal de que algo no organismo não está funcionando corretamente.
De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), é considerado uma menstruação normal quando o fluxo menstrual dura até 8 dias, onde o ciclo varia entre 24 e 38 dias. A partir dessa informação, qualquer sangramento fora dessas características deve ser considerado anormal.
Tenha em mente que o fluxo menstrual difere de mulher para mulher — além de sofrer alterações ao longo da vida, principalmente por conta da idade. De todo modo, é importante que a mulher esteja atenta ao próprio corpo, conhecendo seu fluxo e ciclo menstrual.
Quando devo me preocupar?
Não existe uma forma de medir o volume de sangue eliminado. No entanto, é possível prestar atenção na quantidade de vezes em que você troca de absorvente, assim como, se deixa de fazer algumas atividades por conta do fluxo menstrual. A quantidade de coágulos sanguíneos eliminados também pode ser indicador do sangramento uterino aumentado.
Outros sinais de alerta para um fluxo menstrual intenso, são:
- sangramento manchando colchão e roupas;
- sangramento intenso, durando por mais de sete dias;
- usar mais de sete absorventes cheios ao dia;
- outros.
É fundamental estar atento a esses sinais e buscar ajuda especializada quando necessário. Dessa forma, é possível identificar a causa do problema e qual a melhor forma de tratamento.
Causas do fluxo menstrual intenso
Fluxos menstruais intensos, em alguns casos, podem não apresentar riscos para as pacientes. Mas, geralmente, quem tem um sangramento aumentado repentino, pode apresentar anemia e deficiência de ferro.
Por isso, é necessário investigar se há possíveis alterações que levem ao aumento do sangramento, uma vez que existe uma variedade de condições que causam esse fluxo anormal.
Algumas das causas são:
- pólipos;
- adenomiose;
- miomas;
- câncer;
- distúrbios da coagulação do sangue;
- distúrbios da ovulação;
- outros.
Apesar de medicações e pílulas anticoncepcionais não causarem um sangramento menstrual excessivo, alguns tipos de DIUs, como o de cobre, podem causar menstruações mais intensas.
É importante frisar que se o seu ciclo menstrual é intenso desde o início, não há motivos para preocupação. Contudo, se seu fluxo menstrual aumentou repentinamente, é necessário investigar.
Como é feito o tratamento do fluxo menstrual intenso?
O principal objetivo do tratamento é reduzir o fluxo menstrual e melhorar a qualidade de vida. Além disso, para cada uma das causas do fluxo menstrual intenso, existe um tratamento diferente.
De modo geral, é fundamental determinar a melhor forma de tratamento junto de um profissional de ginecologia. As opções de tratamento podem ser não hormonais, hormonais ou cirúrgicas. Geralmente, a terapia farmacológica ou medicamentosa é a primeira a ser exercida.
Já o tratamento cirúrgico só é realizado quando é encontrado a presença de alguma doença do útero, ou quando o sangramento não para nem com o tratamento medicamentoso.
Vamos entender um pouco mais sobre algumas das principais causas dos fluxos menstruais intensos e seus tratamentos.
Pólipos
Definidos como elevações formadas na superfície interna — mucosa — de alguns órgãos. Quando crescidos nas bordas do útero, os pólipos podem causar sangramentos de escape e, em alguns casos, algumas menstruações bastante intensas.
No caso dos pólipos, o tratamento cirúrgico, conhecido como polipectomia histeroscópica, é a maneira mais eficaz de tratar a condição.
Adenomiose
Condição uterina benigna, a adenomiose é definida pelo crescimento anormal do revestimento uterino — endometriose — na parede do útero. É uma doença que apresenta fluxos menstruais intensos e de duração aumentada, relatado por 50% a 75% das mulheres com adenomiose.
Seu tratamento baseia-se na contracepção hormonal. Geralmente, na utilização de um dispositivo intrauterino que lança o hormônio progestina no corpo.
Miomas
Conhecidos como pequenos tumores benignos do útero, os miomas acometem de 20% a 25% das mulheres em idade reprodutiva, uma vez que crescem dependendo dos hormônios femininos produzidos durante o período fértil.
Eles podem causar sangramento menstrual intenso, já que esse é um dos únicos sinais passíveis de observação, afinal, na maioria dos casos, a mulher nem ao menos sabe do problema até realizar exames de rotina ou engravidar.
O tratamento, nesse caso, pode variar — desde algumas terapias médicas ou hormonais. No entanto, procedimentos cirúrgicos acabam sendo frequentemente necessários.
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