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Mulheres são nove vezes mais atingidas pelo lúpus

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Manchas avermelhadas na pele, sobretudo no rosto e colo, pode ser mais que uma reação alérgica. Especialmente quando acompanhadas por outros sinais como dores nas articulações, queda de cabelo e fraqueza, podem estar associadas ao lúpus. Mais frequente em mulheres, a doença exige atenção pois pode trazer consequências à saúde.

Por se tratar de um assunto ainda pouco difundido, é comum ter dúvidas quando se fala sobre o lúpus em mulheres. Neste artigo, vamos responder às principais questões que podem surgir a respeito da doença, seus sintomas e tratamentos. Siga conosco.

O que é o lúpus?

O lúpus é uma doença inflamatória crônica autoimune do tecido conjuntivo. Ela pode envolver as articulações, rins, pele, membranas e paredes dos vasos sanguíneos. Quando falamos sobre doenças autoimunes, estamos nos referindo a um desequilíbrio do organismo, que passa a produzir anticorpos para atacar as proteínas das células, erroneamente identificadas como prejudiciais à saúde.

Por ser uma doença do sistema imunológico — que, além da produção de anticorpos, é responsável ainda pelos mecanismos de inflamação em todos os órgãos —, quando uma pessoa tem lúpus, ela pode ter diferentes tipos de sintomas, em vários locais do corpo.

Por que o lúpus em mulheres é mais comum?

De acordo com as estatísticas da Sociedade Brasileira de Reumatologia, cerca de 65 mil pessoas convivem com o lúpus no país. A maioria é formada por mulheres. Os números mostram que elas são nove vezes mais atingidas do que os homens. Atualmente, uma em cada 1700 mulheres brasileiras tem o diagnóstico de lúpus.

De acordo com a Associação Catarinense de Medicina, as causas para essa diferença não estão totalmente esclarecidas. No entanto, sabe-se que o desenvolvimento do lúpus está ligado à ação do estrogênio, que é o hormônio feminino. Essa hipótese se reforça com a constatação de que a doença é mais recorrente nas mulheres em idade fértil.

O que pode causar o lúpus?

Não se sabe ao certo que causa o lúpus em mulheres e na população em geral, especialmente tendo em vista que atacar e destruir tecidos saudáveis do próprio corpo é um comportamento anormal do organismo. No entanto, os estudos de destaque na literatura médica e científica nacional e mundial apontam que as doenças autoimunes, incluindo o lúpus, podem ser uma combinação de fatores, como:

  • hormonais;
  • infecciosos;
  • genéticos e
  • ambientais.

Existem, ainda, outras associações que representam riscos para desencadear as manifestações da doença em pessoas que já a possuem. Descrevemos, a seguir, os principais deles:

Luz solar

A exposição à luz do sol, principalmente quando feita em horários inapropriados, pode iniciar ou agravar uma inflamação preexistente. O excesso de exposição aos raios solares UVA e UVB, pode, além disso, provocar o câncer de pele. Por essa razão, é fundamental ter atenção a este fator.

Infecções

Pessoas com lúpus que tenham alguma infecção, podem ser acometidas por uma nova crise da doença. Infecções também podem causar uma recaída da doença em algumas pessoas — o quadro pode ser leve ou grave, conforme cada situação.

Medicamentos

O agravamento dos sintomas do lúpus também pode estar relacionado ao uso de determinados antibióticos, medicamentos para controlar convulsões e também fármacos contra a pressão alta. Por esse motivo, é fundamental contar com acompanhamento médico constante.

Quais os tipos de lúpus?

Os dois tipos de lúpus mais frequentes são o cutâneo e o lúpus eritematoso sistêmico. O primeiro atinge a pele, sem comprometer os órgãos internos. É caracterizado pelo aparecimento de manchas avermelhadas, especialmente nas orelhas, região do colo, maçãs do rosto e no nariz – nestas últimas, costumam ter formato de asa de borboleta.

Quando falamos em lúpus eritematoso sistêmicotratamos de um tipo da doença que costuma atingir, além da pele, diferentes órgãos, membranas e grandes articulações. Por isso, é comum que as pessoas acometidas tenham outros sintomas além das lesões na pele.

Quais os sintomas do lúpus?

Os sintomas podem aparecer progressivamente ou evoluir de forma rápida. Eles variam, como vimos, de acordo com o tipo do lúpus, seja em mulheres ou em homens, adultos, jovens ou idosos.

No começo, a doença pode apresentar, além das já citadas manchas avermelhadas, outros sintomas como emagrecimento, lesões cutâneas, dores nas juntas, queda de cabelo, aftas, febre, perda de apetite e fraqueza.

Leia também: Quando devo procurar um dermatologista?

Como é o diagnóstico para o lúpus?

Diante dos sinais da doença, o médico pode solicitar uma análise mais detalhada que vai permitir o diagnóstico do lúpus. Assim, além da avaliação clínica, a doença pode ser detectada com a realização de alguns exames de sangue, de urina e de imagem.

Um dos recursos mais utilizados é a dosagem do FAN (fator de anticorpos antinucleares), ferramenta que garante um diagnóstico preciso. É um exame laboratorial, que deve ser feito sob recomendação do médico e acompanhado de outras análises. Em alguns casos, pode ser necessária a realização de uma biópsia de tecidos dos rins.

O lúpus em mulheres tem riscos se não tratado?

O que mais preocupa os reumatologistas — que são os especialistas mais indicados para o tratamento do lúpus —, são os possíveis comprometimentos dos rins. Se não identificados ou tratados precocemente, podem levar à insuficiência renal, perda do rim ou até ao óbito.

Além disso, de acordo com informações do Ministério da Saúde, a doença pode trazer sequelas para:

  • cérebro: dor de cabeça, confusão, tontura, mudanças de comportamento, alucinações, derrames cerebrais (AVC) e convulsões;
  • vasos sanguíneos: anemia, aumento no risco de sangramentos e inflamação dos vasos (vasculite);
  • pulmões: inflamação dos tecidos que revestem os pulmões e a caixa torácica, causando muita dor ao respirar, e
  • coração: inflamação dos músculos do coração e artérias, aumentando significativamente as chances de infarto.

Quais os cuidados recomendados a quem tem lúpus?

Quem tem lúpus deve sempre ter a carteira de vacinação em dia, já que a imunização aumenta as defesas do corpo. De modo geral, as vacinas indispensáveis são as contra a pneumonia pneumocócica e contra o vírus da gripe.

A exposição solar deve ser feita apenas com proteção adequada, pois o sol pode piorar alguns dos sintomas dermatológicos. Além disso, é essencial manter as taxas de colesterol em níveis normais, elevar a dose de vitamina D e adotar uma nutrição balanceada.

Como é o tratamento do lúpus?

O lúpus é uma doença crônica, que não tem cura. Apesar disso, existem condutas de tratamento que podem ajudar a reduzir as crises e diminuir as recaídas. Assim, o acompanhamento constante de um reumatologista é fundamental para a qualidade de vida do paciente.

A definição do tratamento vai depender das principais queixas e das manifestações clínicas da doença. Esse processo pode variar em intensidade e tempo de duração. O mais comum é a utilização de medicamentos específicos, que ajudem a combater inflamações e mantenham o sistema imunológico em equilíbrio.

Para ter certeza de que está diante da melhor conduta terapêutica, é crucial contar com um médico qualificado e estrutura para a realização de exames e procedimentos.

Se quiser saber mais sobre esse assunto e como é o acompanhamento que a Clinifemina oferece, entre em contato com a nossa equipe de atendimento. Para receber nossas atualizações na palma da mão, você pode nos seguir nas redes sociais, pelo Instagram ou Facebook. Conte conosco!

Publicado em: 04/05/2022 | Atualizado em: 10/05/2022 | Por:
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