O câncer de colo do útero é o terceiro tipo de câncer mais comum entre as mulheres, causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV).
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a taxa de mortalidade por câncer de colo do útero no Brasil em 2020 foi de 4,60 óbitos/100 mil mulheres. Esse dado só confirma que essa neoplasia é bastante perigosa e, por isso, as práticas para o controle efetivo da doença precisam ser monitoradas e avaliadas constantemente.
Por ser causado pelo crescimento anormal de células no colo do útero, os sintomas principais da doença são o sangramento vaginal anormal, dor durante o sexo e dor abdominal. É importante ter em mente que esses sintomas, inicialmente, podem ser sutis e facilmente ignorados, contudo, à medida que o câncer se desenvolve, os sintomas podem se destacar cada vez mais.
O sangramento vaginal anormal pode ser um dos primeiros sinais da doença, podendo ocorrer após relações sexuais, fora do período menstrual normal ou sangramento mais intenso do que o habitual durante o período menstrual. Algumas mulheres podem, inclusive, experimentar sangramento após a menopausa, o que pode ser um sinal de alerta para o câncer.
É válido destacar que muitas dessas alterações podem ser causadas por outras condições médicas e não necessariamente indicam a presença de câncer de colo do útero. Por isso, é fundamental que as mulheres façam exames regulares e discutam quaisquer preocupações com seus médicos.
Fatores de risco do câncer de colo do útero
Os fatores de risco são tudo aquilo que podem aumentar a probabilidade de uma pessoa desenvolver uma doença como o câncer de colo do útero. Embora nem todos os fatores de risco possam ser controlados, saber quais são pode ajudar as mulheres a tomar medidas para reduzir o risco de desenvolvimento.
Um dos principais fatores de risco para o câncer de colo do útero é, como dito anteriormente, a infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV), que é transmitido principalmente por meio do contato sexual. O HPV é tão comum que a maioria das pessoas sexualmente ativas será exposta a ele em algum momento, mas nem todas as infecções por HPV levam ao câncer.
Por esse motivo, o ideal é tomar precauções, como o uso de preservativo e tomar a vacina contra o HPV, para reduzir o risco de infecção. Além disso, outros fatores de risco para o câncer de colo do útero incluem:
- tabagismo;
- imunidade enfraquecida;
- histórico familiar da doença.
Mulheres com um sistema imunológico enfraquecido, como aquelas com HIV ou que tomam medicamentos imunossupressores, também possuem maior probabilidade de desenvolver a doença.
Diagnóstico
Os diferentes tipos de câncer de colo do útero podem afetar o diagnóstico e o tratamento da doença. No geral, os principais tipos são o carcinoma espinocelular, tipo mais comum e geralmente mais fácil de diagnosticar, devido à sua localização, e o adenocarcinoma, que afeta as células glandulares, apresentando dificuldade em ser identificado.
O diagnóstico do câncer de colo do útero geralmente começa com um exame de papanicolau, também conhecido como exame preventivo, capaz de detectar alterações nas células do colo do útero que possam indicar a presença de câncer. É um exame simples e rápido, envolvendo a coleta de células do colo do útero para análise em laboratório.
Se o resultado do exame de papanicolau for anormal, o médico pode recomendar outros testes, como colposcopia, biópsia ou exames de imagem para confirmar o diagnóstico de câncer de colo do útero.
Tenha em mente que o diagnóstico precoce do câncer de colo do útero é fundamental para um tratamento bem-sucedido. As mulheres devem fazer exames preventivos regulares para detectar quaisquer alterações nas células do colo do útero, antes que elas se tornem cancerosas.
Tratamento
Os tratamentos para o câncer de colo do útero irão depender de alguns fatores, como o estadiamento da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais, como idade e desejo de preservação da fertilidade. O principal objetivo, independente do método escolhido, é remover todo o câncer e prevenir que ele volte a crescer.
De acordo com o Ministério da Saúde, os principais tratamentos podem incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou até mesmo uma combinação desses tratamentos. Na maioria dos casos, o tratamento inicial envolve a cirurgia convencional, como a conização ou traquelectomia radical.
O objetivo desses procedimentos é a remoção do colo do útero ou de partes dele, assim como dos tecidos circundantes. Em alguns casos, pode ser necessária a remoção completa do útero, conhecida por histerectomia radical.
Nos estágios mais avançados, a radioterapia combinada com a quimioterapia costuma ser o tratamento principal. A quimioterapia, tratamento que usa medicamentos para matar as células cancerígenas, sozinha é geralmente usada para tratar o câncer cervical avançado.
De todo modo, é fundamental que as mulheres diagnosticadas com câncer de colo do útero discutam as opções de tratamento disponíveis com seus médicos. Dessa forma, é possível identificar qual o melhor tratamento para o seu caso.
O câncer de colo do útero é uma doença que pode afetar qualquer mulher, mas que pode ser prevenido e tratado com os cuidados adequados, garantindo uma vida saudável e plena. Esperamos ter esclarecido tudo o que você precisa saber sobre a doença.
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