O câncer de endométrio, também conhecido como câncer do corpo do útero, é uma doença que afeta a camada interna do útero, conhecida como endométrio. Esse tipo de câncer é o sexto mais comum entre as mulheres, sendo mais frequente em mulheres pós-menopausa, embora possa ocorrer em qualquer idade.
No geral, a idade é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de endométrio, contudo, existem outros fatores. Obesidade, diabetes, histórico familiar de câncer de endométrio ou câncer de ovário, entre outros, são alguns deles.
Essa neoplasia ocorre quando as células do endométrio começam a crescer e se multiplicar de forma anormal, formando um tumor. Apesar de comum, o câncer de endométrio costuma ser diagnosticado em seu estágio inicial, o que aumenta as chances de um tratamento bem-sucedido.
Quais são os sintomas do câncer de endométrio?
Para um diagnóstico precoce, é importante estar atento aos sinais que o próprio corpo dá. Os sintomas do câncer de endométrio podem variar de mulher para mulher, inclusive algumas podem ser assintomáticas. Porém, existem alguns sinais comuns que podem indicar a presença dessa doença:
- sangramento vaginal anormal, que pode ocorrer entre os ciclos menstruais, após a menopausa ou durante as relações sexuais;
- dor pélvica persistente, que pode ser intensa ou leve;
- secreção com odor desagradável ou com coloração anormal;
- dor durante as relações sexuais;
- alterações na frequência urinária, como aumento da vontade de urinar.
É essencial ter em mente que esses sintomas também podem ser causados por outras condições, como a endometriose. Apesar de serem doenças distintas, ambas envolvem a camada interna do útero, causando dor e desconforto.
Além disso, a endometriose, mesmo não sendo um câncer, pode aumentar o risco de desenvolvimento do câncer de endométrio. Por esse motivo, é importante que as mulheres consultem um médico na presença de qualquer um desses sintomas.
Como é o diagnóstico do câncer de endométrio?
Sempre que houver sangramentos genitais anormais, principalmente no período pós-menopausa, a possibilidade de câncer de endométrio deve ser levantada pelo profissional. Dessa forma, o médico pode realizar um exame pélvico para avaliar a condição do útero e dos ovários.
Uma das formas mais comuns de diagnosticar o câncer de endométrio é por meio de uma biópsia do endométrio, procedimento que consiste na coleta de uma pequena amostra do tecido do endométrio para análise em laboratório. A biópsia pode ser feita de forma ambulatorial, com anestesia local, ou em conjunto com um procedimento de curetagem uterina.
O médico também pode solicitar exames de imagem para avaliar a extensão da doença, como o ultrassom transvaginal, ressonância magnética e tomografia computadorizada. Esses exames são fundamentais para determinar o tamanho e a localização do tumor, bem como se o câncer se espalhou para outras partes do corpo.
Além disso, o estágio da doença também deve ser levado em consideração no diagnóstico, uma vez que esse fator é essencial para definir o tratamento adequado e para prever o prognóstico da paciente.
Quais são os tratamentos?
Para determinar qual o melhor tipo de tratamento para o câncer de endométrio, é necessário avaliar a saúde geral da paciente e a preferência pessoal. Contudo, de maneira geral, os principais tratamentos incluem cirurgia, radioterapia, quimioterapia e terapia hormonal.
A cirurgia é, geralmente, a primeira opção de tratamento para o câncer de endométrio. A remoção do tumor, assim como do tecido afetado, é sempre a prioridade, no entanto, em casos mais avançados, pode haver a necessidade de remover os ovários e os gânglios linfáticos próximos ao útero.
Dependendo da extensão do tumor, a cirurgia pode ser realizada por meio de laparoscopia ou laparotomia. Já as medidas terapêuticas para o tratamento do câncer de endométrio podem incluir:
- radioterapia (utiliza radiação para destruir as células cancerígenas);
- quimioterapia (utiliza medicamentos para destruir as células cancerígenas);
- terapia hormonal (utiliza medicamentos para bloquear ou reduzir os níveis de hormônios que estimulam o crescimento das células do endométrio).
A radioterapia é frequentemente usada após a cirurgia para reduzir o risco de recorrência, enquanto a quimioterapia é utilizada em estágios avançados da doença ou quando o câncer se espalhou para outras partes do corpo. A terapia hormonal costuma ser realizada em mulheres com câncer de endométrio avançado ou em casos em que a cirurgia não é uma opção viável.
Na dúvida, consulte um especialista
Independente do tipo de tratamento escolhido, é fundamental a conversa com o médico especialista. Tenha em mente que o câncer de endométrio pode se espalhar rapidamente para outras partes do corpo e, se não for tratado adequadamente, pode ser fatal.
Por isso, mantenha uma boa comunicação com a equipe médica para tirar dúvidas e compartilhar suas preocupações, bem como para acompanhar o progresso do tratamento e fazer ajustes, se necessário.
Gostou do artigo? Esperamos ter esclarecido sobre o câncer de endométrio! Está sentindo alguns dos sintomas informados no texto? Entre em contato com a equipe da Clinifemina e marque sua consulta com um de nossos especialistas. Estamos prontos para atender você e sua família!