Faça sua pesquisa:

Diabetes gestacional: o que é, diagnóstico e tratamento

+

Não é de hoje que se sabe sobre a quantidade de mudanças que o corpo feminino é submetido durante a gravidez. Seja sob o ponto de vista emocional ou metabólico, a mulher vive um turbilhão de alterações que podem levar a algumas disfunções, o diabetes gestacional é uma delas.

Apesar de ocorrer em um número aparentemente pequeno, trata-se de uma condição que exige cuidados efetivos para garantir a saúde da mãe e do bebê. Neste artigo, vamos explicar as causas do diabetes gestacional, com dicas para identificar os sinais e um resumo de como seu médico irá proceder caso haja suspeita da doença.

O que é diabetes gestacional?

Antes de tudo, é importante saber, com clareza, o que é o diabetes gestacional. De forma geral, podemos dizer que essa é uma das formas pelas quais essa disfunção se manifesta (há ainda o diabetes tipo 1 e 2, sobre os quais você pode saber nesse artigo).

O diabetes gestacional é caracterizado pela produção insuficiente de insulina durante a gravidez. Este hormônio é necessário para o metabolismo, pois ajuda a controlar o nível de açúcar (glicose) no sangue. Particularmente no final da gestação, quando as quantidades de glicose tendem a aumentar no sangue, a insulina é ainda mais necessária.

De acordo com a Febrasgo (a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) para que a disfunção seja considerada como diabetes gestacional, um dos critérios é que a mulher tenha tido hiperglicemia detectada pela primeira vez durante a gravidez, com níveis glicêmicos sanguíneos que não atingem os critérios diagnósticos para Diabetes Mellitus dos tipos 1 ou 2.

Por que essa disfunção ocorre?

Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil cerca de 7,6% das gestantes são diagnosticadas com diabetes gestacional. Ela ocorre por que, durante a gravidez, mais precisamente na segunda metade da gestação, o organismo desenvolve uma condição conhecida como RI, a resistência à insulina. Este é um processo natural, mediado pelos hormônios placentários anti-insulínicos, para garantir o aporte adequado de glicose ao feto.

No entanto, algumas gestantes podem apresentar, previamente, algum grau de RI. Com isso, o pâncreas de torna incapaz de produzir a nova demanda de insulina, o que leva a quadros de hiperglicemia, ou seja, o diabetes.

Quais os fatores de risco para o diabetes gestacional?

Algumas mulheres, como dissemos, podem ter mais predisposição a desenvolverem o diabetes gestacional. Assim, a disfunção e mais comum entre:

O diabetes gestacional faz mal para mãe e bebê?

Sim. Se não for diagnosticado e tratado, o diabetes gestacional pode trazer riscos à saúde materna e, inclusive, levar à interrupção da gravidez. A falta de controle em cada fase da gestação pode ter consequências diferentes, como mostramos a seguir.

Falta de controle do diabetes no início da gestação aumenta o risco de:

  • ter um bebê com má formações congênitas graves;
  • ocorrência de aborto espontâneo.

O mau controle do diabetes no final da gestação pode levar a:

  • sobrepeso do bebê, que pode pesar mais de 4,5 kg ao nascer;
  • pré-eclâmpsia;
  • dificuldades no parto, como a distocia de ombro, quando o bebê fica com o ombro preso no canal vaginal;
  • necessidade de parto por cesariana e
  • possibilidade de um bebê natimorto.

Como é feito o diagnóstico do diabetes gestacional?

No início da gestação, o obstetra solicita uma série de exames para mapear a saúde geral da mãe. No entanto, a disfunção pode ocorrer em outros estágios da gravidez. Sendo assim, ainda que possa ser assintomática em alguns casos, existem sintomas frequentes que podem dar ao obstetra pistas da presença da disfunção. Os principais deles são:

  • ganho excessivo de peso na mãe ou no bebê;
  • aumento exagerado do apetite;
  • cansaço excessivo;
  • vontade de urinar frequente;
  • visão turva;
  • muita sede;
  • boca seca e
  • náuseas.

Diante de sinais de alerta, o diagnóstico do diabetes gestacional é feito por meio de exames laboratoriais, para medir a quantidade de glicose no sangue. O exame mais preciso é a chamada curva glicêmica.

Esse rastreio é o mais preciso e criterioso, exige um jejum bem executado e abrange de duas a seis coletas de sangue distribuídas em determinado intervalo de tempo, para avaliar como a glicose é processada ao longo de um período pelo organismo.

Leia também: Como tratar o diabetes descompensado?

Qual é o tratamento para o diabetes gestacional?

O tratamento do diabetes gestacional, assim como ocorre nos outros tipos da doença, passa por uma mudança de hábitos, com adoção de dieta mais equilibrada e rotina de atividades físicas, respeitando as limitações próprias da gestação.

Além disso, é necessário monitorar diariamente os níveis de glicose e intensivamente as condições de saúde da mãe e do bebê. Em algumas situações, podem ser adotados medicamentos para o controle dos níveis de glicose.

No entanto, é sempre bom ter em mente que a conduta de tratamento varia de mulher para mulher e, por isso, deve ser determinada pelo obstetra que a acompanha durante a gestação.

Se quiser saber mais sobre este assunto ou está à procura de um profissional que a ajude a conduzir a gestação com saúde e qualidade, agende uma consulta com um de nossos especialistas em ginecologia e obstetrícia . Estamos à sua espera!

Publicado em: 02/06/2022 | Atualizado em: 02/06/2022 | Por:
Desde 1999, a Clinifemina conta com diversas especialidades para cuidar integralmente da saúde dos seus pacientes.
Share

Posts relacionados

+