Há algum tempo pouco se falava — ou se sabia — sobre essa fase da vida do homem e muitos duvidavam de sua existência. No entanto, a andropausa é uma realidade e pode ter muitos impactos na rotina e nos relacionamentos. Por esse motivo, é importante conhecer mais sobre essa condição e como vivenciar esse momento com equilíbrio e qualidade de vida.
Neste artigo, explicamos o que é a andropausa, suas causas e sinais e, sobretudo, o que fazer para aliviar os sintomas e abraçar essa nova fase com naturalidade, sem perder a disposição. Se você acredita que esteja entrando nessa fase, ou conhece alguém que pode estar nessa situação, continue a leitura e acompanhe conosco.
O que é andropausa?
A andropausa é fruto de um processo natural de todos os seres humanos: o envelhecimento. Ela é caracterizada, principalmente, por alterações graduais no organismo que afetam a função sexual masculina. O resultado mais comum dessas mudanças é a diminuição na frequência, duração e vigor das ereções ou, ainda, a chamada disfunção erétil.
Esta diminuição não se traduz necessariamente em infertilidade. Ao contrário da mulher, o homem pode conseguir ter filhos até uma idade avançada.
Quando saudável, ele pode produzir esperma até depois dos 80 anos. No entanto, após a andropausa, a libido fica sensivelmente reduzida. Entre outras alterações dessa fase, podemos destacar:
- diminuição no fluxo de sangue e da sensibilidade do pênis;
- redução do volume de sêmen durante a ejaculação;
- redução do tempo de pré-aviso da ejaculação;
- aumento do período refratário – espaço de tempo entre a ejaculação e uma nova ereção.
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O que causa a andropausa?
A partir dos 20 anos, aproximadamente, a produção de testosterona, que é o principal hormônio sexual masculino, já começa a diminuir nos homens. Em média, essa redução ocorre em média de 1 a 2% por ano. No entanto, existe um momento da vida masculina em que essa produção decai de forma rápida e considerável.
Essa queda brusca costuma causar sintomas significativos e marca a chegada da andropausa. Essa etapa da vida pode se diferenciar muito de homem para homem. Enquanto alguns ainda tem altos níveis hormonais aos 70 anos, outros apresentam níveis sensivelmente reduzidos já por volta dos 50.
Quais são os principais sintomas da andropausa?
Falamos há pouco sobre as alterações na função sexual masculina como uma das principais consequências da andropausa. No entanto, os sinais desta condição não se limitam à redução do desejo sexual, menos ereções espontâneas ou a queda da fertilidade.
Outros sinais fisiológicos e anatômicos podem ser considerados sintomas da andropausa:
- diminuição no tamanho dos testículos;
- aumento da gordura corporal;
- redução da massa e da força muscular;
- diminuição da densidade óssea;
- inchaço na região dos mamilos;
- ressecamento da pele;
- perda de pelos do corpo;
- diminuição da motivação e autoconfiança;
- tristeza e depressão;
- fadiga e apatia;
- problemas de concentração e de memória;
- alteração no sono – que pode ir de insônia a maior sonolência.
Como diagnosticar a andropausa?
O diagnóstico não é complicado. Em uma consulta com o urologista, a partir da avaliação clínica, já é possível traçar um diagnóstico, se o paciente possuir alguns dos sintomas citados.
Além disso, analisar os níveis séricos da testosterona também é um meio de diagnóstico. Assim, por um exame de sangue, apoiado por um espermograma para quantificar a produção de espermatozoides, o especialista terá dados suficientes para confirmar a andropausa.
Dependendo dos sintomas, o médico pode solicitar, ainda, uma densitometria óssea, para verificar a densidade da massa óssea e avaliar o risco de osteoporose. O exame do toque retal, para rastreio e prevenção do câncer de próstata, também poderá ser recomendado.
Existe tratamento para a andropausa?
Não há como evitar a andropausa, no entanto, existem tratamentos que podem ajudar a combater e reduzir os incômodos causados por ela. Um deles é a reposição hormonal.
Porém, esse tratamento possui e deve ser feito por indicação de um especialista. Portanto, a melhor forma de tratar os sintomas da andropausa é adotando uma rotina saudável, com acompanhamento regular de urologista ou endocrinologista.
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